Razões para tirar os Dez Mandamentos da Igreja – A primeira razão: Não acreditamos mais em um só Deus – Parte 1

O maior desafio para nós hoje é entender nossa cultura e o mundo onde vivemos. Nossa geração está entre dois extremos: eles não acreditam em nada; ou eles acreditam em tudo.

Este é o maior desafio que temos quando falamos sobre os Dez Mandamentos. Como hoje, no tempo de Moisés as pessoas enfrentavam as mesmas dificuldades sobre religião que temos agora.

Devemos entender onde estamos e as verdadeiras reivindicações dos Dez Mandamentos. Quando fizermos isso, veremos como é difícil guardar os Dez Mandamentos em nossas igrejas hoje.

O Primeiro Mandamento afirma: “Não terás outros deuses diante de mim.” Êxodo 20:3.

Aqui estão os resultados de uma pesquisa entre os Baby Boomers (Baby Boomers: The Lapsed and the Loyal, de James W. Lewis) nas principais igrejas, especialmente entre os presbiterianos: 

"As razões básicas para o declínio do número de membros têm pouco a ver com as questões destacadas no conflito contínuo entre facções liberais e conservadoras nas principais denominações ou com reclamações sobre congregações específicas ou com a participação na contracultura. Em vez disso, a crise que as igrejas tradicionais enfrentam é espiritual. Elas perderam membros porque, ao longo dos anos, as crenças foram mudando.

"Os “baby Boomers” presbiterianos ativos afirmam um “liberalismo leigo” que se baseia na “rejeição do ensino ortodoxo de que o cristianismo é a única religião verdadeira”. Embora esses “Boomers” tenham uma grande consideração por Jesus, eles duvidam que a salvação esteja disponível apenas por meio dEle; além disso, eles parecem ter definido essa posição por conta própria.

Como você pode ver, nosso maior problema está em nossas crenças. A maioria do nosso povo não sabe mais no que acredita; e eles estão inventando novos conjuntos de crenças para si mesmos.

Como eu disse no início, temos pessoas que não acreditam em nada e pessoas que acreditam em tudo, vamos compará-las com os ensinamentos dos Dez Mandamentos e ver se os Dez Mandamentos pertencem na nossa igreja.

I - Ateísmo - 

A primeira crença é no ateísmo.

Definição: Os ateus acreditam que não há Deus além ou no mundo.

O ateísmo se expressa de diferentes maneiras, vamos vê-las: 

         Humanismo

Definição: Os humanistas acreditam que o homem é a medida de todas as coisas. 

O humanismo está centrado no homem/mulher. Para o humanista, o ser humano é o centro do universo.

         Materialismo

Definição: Os materialistas acreditam que tudo é matéria ou redutível a ela.

Para o materialista, o universo é matéria. As coisas são importantes.

         Agnosticismo

Definição: Os agnósticos dizem: “Eu não sei, ou não posso saber se Deus existe”.

O agnóstico diz que é impossível saber se Deus existe ou não, então eles vivem suas vidas como se Deus não existisse.

         Ceticismo

Definição: Os céticos dizem: “Duvido que Deus exista”.

Os céticos querem provas abundantes da existência de Deus, se não, eles não acreditarão.

Temos muitas pessoas em nossas igrejas que confessam sua crença em Deus, mas vivem suas vidas como ateus, como se Deus não existisse. Não há nenhum relacionamento pessoal com Deus.

II – Politeísmo

A segunda crença está no politeísmo.

Definição: Politeísmo é a visão de mundo de que muitos deuses finitos existem no mundo.

O politeísmo se expressa em nosso meio através de muitas formas, vamos vê-las: 

         Pluralismo

Definição: Pluralismo é a crença de que toda religião é verdadeira. Cada um fornece um encontro genuíno com o Supremo.

O pluralismo é a crença de que todos os caminhos nos levarão ao mesmo lugar. “Afinal, todos nós acreditamos no mesmo deus.”

         Relativismo

Definição: O relativismo afirma que não há critérios pelos quais se possa dizer qual religião é verdadeira ou melhor. Cada religião é fiel a quem a possui.

O relativismo é uma religião egocêntrica. O que for bom para você está ok. Ninguém pode julgar as opções religiosas de outra pessoa.

         Inclusivismo

Definição: O inclusivismo afirma que uma religião é explicitamente verdadeira, enquanto todas as outras são implicitamente verdadeiras. Por exemplo, eles aceitam outras divindades além de Cristo como meio de salvação.

O inclusivismo é a aceitação de outras religiões por uma pessoa que ainda acredita que sua religião é a melhor maneira de ir a Deus.

         Sincretismo

Definição: Sincretismo é o esforço para combinar ou harmonizar o cristianismo com religiões não-cristãs.

O sincretismo é quando uma religião começa a trazer elementos, como cerimônias, datas, festivais, etc. de outras religiões.

Apesar de nossas confissões, uma grande parte dos membros da igreja são politeístas. A questão importante é: você é?

Deus te abençoe,

Pastor Lucas

Razões para tirar os Dez Mandamentos da Igreja – Introdução – Parte 3

“As regras são feitas para serem quebradas” Sim, nós já ouvimos isso. Esta declaração que o general cinco estrelas do Exército Americano Douglas MacArthur fez por volta de 1950 descreve muito bem a atitude que todos nós temos em relação às regras e leis.

Em Êxodo 20:1-17, temos os famosos Dez Mandamentos dados por Deus a Moisés. A Lei, de uma forma ou de outra, existia muito antes disso. Às vezes, somos inclinados a infringir a lei porque não entendemos a razão de sua existência. É importante que aprendamos por que Deus deu a Lei e se certificou de que ela fizesse parte da vida de todos.

O objetivo da lei

Finalmente, devemos entender o propósito da Lei. Algumas pessoas acreditam que, se guardarem a Lei, serão salvas. Esse não é o propósito da Lei. Caímos e pecamos e por isso não podemos guardar toda a Lei. Não temos o poder de fazer isso. Então, qual é o propósito da Lei?

Para nos guiar a Cristo – Sim, o primeiro propósito da Lei é nos guiar a Cristo. Vejamos como.

Primeiro, mostrar nossos pecados

Isto é o que o apóstolo Paulo escreveu aos romanos sobre a Lei:

“Romanos 3:20 visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado.” 

“Romanos 7:7 Que diremos, pois? É a lei pecado? De modo nenhum! Mas eu não teria conhecido o pecado, senão por intermédio da lei; pois não teria eu conhecido a cobiça, se a lei não dissera: Não cobiçarás.”

Paulo nesses textos deixa claro que a Lei nos ajudará a ver nossos pecados e nossa necessidade de salvação. Quando você olha para a Lei, percebe que não pode obedecê-la e por isso está condenado e sob a ira de Deus.

Segundo, apontando o caminho

Quando entendemos que não podemos salvar a nós mesmos, essa conclusão nos ajudará a nos voltar e procurar a salvação em outro lugar. Na carta aos Gálatas, temos um versículo muito importante:

“Gálatas 3:24 De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé.” 

Aqui Paulo diz que a Lei nos mostrará que Cristo é o caminho para a salvação, e a fé Nele e em Sua obra é a única maneira de agradar e ser justo com Deus.

Para nos guiar à retidão

Finalmente, a Lei tem o propósito de nos guiar à justiça. Porque não precisamos guardar a Lei para sermos salvos e aceitos por Deus, não significa que devemos jogar a Lei fora.

Após nossa salvação, somente pela graça e fé, Deus espera que guiemos nossas vidas com base em Sua Lei. Isto é o que os escritores do Novo Testamento nos dizem:

“1João 5:3 Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; ora, os seus mandamentos não são penosos,”

“1Coríntios 7:19 A circuncisão, em si, não é nada; a incircuncisão também nada é, mas o que vale é guardar as ordenanças de Deus.” 

Esses dois versículos são muito claros que nós, como cristãos, devemos fazer todos os esforços para obedecer aos mandamentos de Deus. Mesmo sabendo disso, ainda estamos lutando contra a Lei, não apenas em nossas vidas pessoais, mas também na igreja.

Durante esta série, darei a você motivos para tirar os Dez Mandamentos da Igreja.

Os principais motivos são:

Não acreditamos mais neles e 

Nós não os praticamos mais.

Mas a Lei ainda é muito importante. 

Isso é o que devemos saber sobre a Lei

A Lei é Divina.

Abrange a todos.

Não salva, mas mostra o caminho da salvação.

Deus te abençoe,

Pastor Lucas

Razões para tirar os Dez Mandamentos da Igreja – Introdução – Parte 2

Antinomianismo, é uma palavra grande. Significa contra (ante) a lei (nomos). Foi Lutero quem cunhou o termo “antinomianismo”. Tem estado em torno da igreja desde o início. Algumas pessoas acreditam que apenas a graça deve ser suficiente, então não precisaríamos da Lei.

Em Êxodo 20:1-17, temos o famoso Decálogo, e nele aprendemos lições muito importantes sobre a Lei. 

A Origem da Lei

A primeira coisa que aprenderemos neste texto é a origem da Lei. O texto nos ajudará a aprender isso.

Existe um Deus

“Êxodo 20:2 Eu sou o Senhor teu Deus,” 

O texto diz claramente que existe um Deus. Ele se revelou a Moisés e aos israelitas. Ele é todo-poderoso e o criador do universo. Ele é o Ser Supremo que governa as estrelas, os planetas e a terra.

Deus falou

“Êxodo 20:1 Então, falou Deus todas estas palavras:”

A segunda coisa que aprendemos é que Deus falou e se comunicou em palavras humanas. Deus se revelou e disse o que era certo e o que era errado. Ele, e não os humanos, deu as leis morais a serem obedecidas.

Deus salvou

“Êxodo 20:2 ... que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão.”

Finalmente, aprendemos que esse Deus também é um Salvador. Quando Deus expressou Sua vontade e deu Suas leis, Ele o fez depois de salvar Seu povo. É por isso que é tão difícil aceitar e obedecer à Sua lei, porque não reconhecemos a salvação que Ele trouxe.

O alcance da lei

A segunda coisa que devemos entender é o alcance da Lei. A quem foi dada a Lei? Quem deve viver e obedecer a esta Lei?

O Povo de Deus

“Tiago 1:25 Mas aquele que considera, atentamente, na lei perfeita, lei da liberdade, e nela persevera, não sendo ouvinte negligente, mas operoso praticante, esse será bem-aventurado no que realizar.”

Tiago diz aqui neste texto que o povo de Deus deve ser o primeiro alvo da Lei. Os cristãos devem ter a Lei em alta consideração. Eles conhecem a Deus, acreditam que Ele falou e aceitaram a salvação que Ele providenciou para eles. Mas eles não são os únicos.

O mundo inteiro

“Romanos 2:14-15 Quando, pois, os gentios, que não têm lei, procedem, por natureza, de conformidade com a lei, não tendo lei, servem eles de lei para si mesmos. Estes mostram a norma da lei gravada no seu coração, testemunhando-lhes também a consciência e os seus pensamentos, mutuamente acusando-se ou defendendo-se,”

O mundo inteiro tem uma relação íntima com essa Lei. Devemos entender que Deus não é o criador apenas dos cristãos; Ele é o criador do universo. Então, quando Ele fala, todos devem ouvir. Neste texto, o apóstolo Paulo nos diz que todos, crentes ou não, têm a Lei esculpida em seu coração. É por isso que as pessoas que nunca ouviram falar de Deus e Jesus têm alguns princípios morais em suas vidas. A Lei foi dada para regular as relações humanas com Deus e com os outros.

Ser contra a Lei não é apenas uma atitude fora da igreja, infelizmente, muitas pessoas dentro da igreja têm resistência em aceitar a Lei e viver de acordo com ela.

Deus te abençoe, 

Pastor Lucas

Razões para tirar os Dez Mandamentos da Igreja – Introdução – Parte 1

Aqui nos Estados Unidos, temos visto nos últimos anos uma luta e guerra contra os Dez Mandamentos em lugares públicos. As escolas foram obrigadas a removê-los. Os tribunais foram obrigados a removê-los. E provavelmente em um futuro próximo, as igrejas serão solicitadas a removê-los.

Alguns de nós os memorizamos, alguns de nós ouvimos falar deles e alguns de nós não têm a mínima ideia sobre eles. Para refrescar sua memória, aqui está o texto dos Dez Mandamentos: Êxodo 20:1-17 (Bíblia Almeida Revista e Atualizada)

“Ex. 20:1 Então, falou Deus todas estas palavras:

Ex. 20:2 Eu sou o SENHOR, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão.

Ex. 20:3 Não terás outros deuses diante de mim.

Ex. 20:4 Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.

Ex. 20:5 Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o SENHOR, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem

Ex. 20:6 e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos.

Ex. 20:7 Não tomarás o nome do SENHOR, teu Deus, em vão, porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão.

Ex. 20:8 Lembra-te do dia de sábado, para o santificar.

Ex. 20:9 Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra.

Ex. 20:10 Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro;

Ex. 20:11 porque, em seis dias, fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o SENHOR abençoou o dia de sábado e o santificou.

Ex. 20:12 Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR, teu Deus, te dá.

Ex. 20:13 Não matarás.

Ex. 20:14 Não adulterarás.

Ex. 20:15 Não furtarás.

Ex. 20:16 Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.

Ex. 20:17 Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma que pertença ao teu próximo.”

Estamos vivendo em uma época muito estranha; alguns chamam isso de uma era pós-Constantino. É importante para nós entender como chegamos aqui. Sim, devemos saber que vivemos em uma era pós-constantiniana. Isso significa que não somos mais um país cristão, talvez nunca tenhamos sido.

Este país foi fundado em princípios cristãos e enquanto esses princípios ditavam o modo de pensar e o modo de viver. Mas os tempos mudaram, não temos mais essa mentalidade. Ainda temos pessoas frequentando a igreja, mas em suas mentes e corações elas acreditam em outra coisa.

Isto é o que Victor Makari, Coordenador para o Oriente Médio e ex-Coordenador de Relações Inter-religiosas, tem a dizer:

"Uma era pós-constantiniana

Desde a criação do Escritório de Relações Inter-religiosas da PC (EUA) em 1988, temos operado com base na suposição de que vivemos em uma 'era pós-constantiniana'.

Nós (mas não apenas nós) funcionamos com base na premissa de que não é mais possível - se é que alguma vez foi - falar realisticamente sobre uma 'América cristã'. Há ampla evidência de que muitas pessoas na Europa e na América do Norte vivem sem nenhum compromisso religioso sério, ou com compromisso com vagos princípios morais gerais e valores religiosos sem nenhum conteúdo cristão específico. 

Por causa disso, temos a luta com os Dez Mandamentos hoje. É por isso que é imperativo que todos nós entendamos a Lei e sua importância. Quando fizermos isso, veremos por que eles estão perdendo seu lugar não apenas na sociedade, mas também na igreja.

Deus te abençoe,

Pastor Lucas