Salmo 130 – A Necessidade de Buscar o Senhor – Parte 1

            Você já teve aquela sensação de que Deus não está perto de você? Parece que tomamos caminhos diferentes, nos separamos, e agora Ele está longe. Há momentos em nossas vidas que percebemos que não estamos mais perto de Deus. Nós sabemos que deixamos sua presença e Ele está distante de nós.

Essa sensação piora quando vemos os problemas vindo em nossa direção e sabemos que Deus não pode ser alcançado; pelo menos pensamos que Ele não pode ser alcançado. Durante esses tempos, uma mistura de medo, desespero e sentimento de abandono toma conta de nós.

O Salmo 130 narra, de uma forma bonita, a necessidade que todos nós temos de buscar Deus em tempos de crises. O salmista estava vindo à igreja, mas mesmo fazendo tudo o que sua religião prescrevia, ele tinha aquela sensação de distância de Deus.

É nesta situação que ele clama ao Senhor. E a primeira coisa que ele descreve para nós é o conhecimento vital que todos nós que estamos nos sentindo assim devemos ter. A primeira coisa que devemos fazer é reconhecer as coisas importantes e vitais que devemos saber. O salmista compartilha conosco nos versos 1-4 – “[1] Das profundezas clamo a ti, SENHOR. [2] Escuta, Senhor, a minha voz; estejam alertas os teus ouvidos às minhas súplicas. [3] Se observares, SENHOR, iniquidades, quem, Senhor, subsistirá? [4] Contigo, porém, está o perdão, para que te temam.”

A – A Nossa Situação – A primeira coisa que o salmista nos ajuda a reconhecer é a nossa situação. Como o salmista, devemos avaliar nossa situação espiritual. É vital para nós sabermos onde estamos em nossa relação com Deus.

I – Distância de Deus - A primeira coisa que o salmista reconhece é que Ele está longe de Deus. Ele gritou das profundezas. Ele percebe que não está perto o suficiente de Deus. Você pode ser ousado como o salmista para fazer uma declaração como esta?

II – Barreiras a Deus – A segunda coisa que o salmista percebe é a barreira entre ele e Deus – o Pecado. Ele diz que se Deus observar os nossos pecados, nós estaremos em grandes apuros, porque somos pecadores. Esse conhecimento é muito importante para nós.

B – A Graça de Deus – Conhecer nossa situação é muito importante em nossa jornada, mas devemos desviar nossos olhos de nós e para Deus. O salmista compartilha conosco outro importante reconhecimento que é crucial para nós. Precisamos conhecer a graça de Deus. Deus é um Deus justo; mas Ele também é um Deus cheio de graça.

I – Ele Escuta - Sua graça o torna capaz de ouvir nossas orações da profundidade e de nossos pecados. Não precisamos ficar com medo ou sermos desencorajados, se clamarmos, Deus ouvirá.

II – Ele é misericordioso – Ele vai ouvir, não porque somos bons, mas porque Ele é misericordioso. O salmista deixa claro que Ele é misericordioso. A habilidade que Deus tem de ouvir nossas orações é baseada em Suas maravilhosas misericórdias.

III – Ele Perdoa – Finalmente, é muito importante que saibamos que nosso Deus é um Deus perdoador. Não importa como você se sente ou quão longe você está dEle, Ele ainda está lá esperando por você voltar para casa. Ele está lá, pronto para perdoá-lo e abençoá-lo.

Deus te abençoe,

Pastor Lucas

Salmo 129 – Enfrentando Nossos Inimigos – Parte 3

 No Brasil temos um ditado quando algo muito ruim acontece conosco e não desejamos isso a ninguém, dizemos: “Não desejo isso a ninguém, nem mesmo ao meu pior inimigo”. Nos últimos versos do Salmo 129, o salmista expressa algumas palavras duras em relação aos seus inimigos.

Alguns estudiosos pensam que é uma oração, mas outros pensam que é uma profecia. É como se o salmista estivesse dizendo que isso é o que aconteceria se os inimigos fizessem essas coisas. Alguns comentaristas acreditam que o salmista deseja a derrota dos seus inimigos.

Essa é a segunda parte deste salmo; é uma expressão de seu desejo em relação aos seus inimigos. Como você pode ver ele é claro em seu desejo, ele quer a derrota deles em todas as áreas da vida.

Isso pode chocá-lo, mas esta é a beleza das Escrituras, e principalmente, os salmos, podemos ver dentro do coração dos salmistas. Eles expressam coisas que nunca diríamos em voz alta. O salmista realmente quer que seus inimigos sejam derrotados; é simples assim. 

            A – Na Vida Social (pública) – “[5] Sejam envergonhados e repelidos todos os que aborrecem a Sião!” Sejam envergonhados e repelidos. A primeira derrota que o salmista deseja para seus inimigos é a derrota na vida pública. O salmista ora por uma derrota pública, para que todos saibam que a guerra e os ataques de seu inimigo foram uma guerra injusta e errada.

            B – Na Vida Material – "Sejam como a erva dos telhados, que seca antes de florescer,” Além da derrota pública, o salmista deseja que seus inimigos tenham brevidade de vida e produtividade. Sim, esta é a segunda coisa que ele deseja uma derrota material em suas vidas. Ele quer que eles sejam envergonhados e paguem financeiramente pelo que fizeram contra Deus, a fé e os filhos de Deus.

            C – Na Vida Espiritual – “[8] E também os que passam não dizem: A bênção do SENHOR seja convosco! Nós vos abençoamos em nome do SENHOR!” Finalmente, ele não quer que eles tenham as bênçãos do povo e a bênção do Senhor. Se eles estão fazendo algo errado, o salmista não quer que as pessoas digam: “Deus te abençoe!”

Como você pode ver o salmista deseja uma derrota espiritual para esses inimigos. Eles saberão que seus deuses e crenças estão errados. Eles não serão abençoados por ninguém. As bênçãos que nos sustentam em nossas lutas, eles não terão em suas vidas porque não aceitam Deus e Sua palavra.

Este salmo nos ajuda a entender que em nossas vidas enfrentaremos inimigos que não gostam de nosso Deus, nossa fé e, consequentemente, de nós. Este salmo nos ajuda a aprender o que eles fazem, como eles agem, e o que eles vão fazer contra nós. Mas também aprendemos a resistir e a lidar com os desejos que temos em nossos corações em relação a esses inimigos.

Meu amigo, em nossa jornada neste mundo vai nos fazer sofrer, alguns de nós um pouco, alguns de nós muito, e vamos enfrentar inimigos que farão qualquer coisa em seu poder para nos atrasar ou nos imobilizar totalmente, mas eles não terão sucesso. No final, seremos vitoriosos com nosso o Senhor e nossa fé.

Deus te abençoe,

Pastor Lucas

Salmo 129 – Enfrentando Nossos Inimigos – Parte 2

Como os peregrinos, nós cristãos sabemos que teremos oposição; enfrentaremos inimigos em nossa jornada. A questão não é o que ou quando, já sabemos a resposta para essas perguntas. O que precisamos saber é como nossos inimigos agirão e o que podemos fazer para resistir aos seus ataques. 

Salmo 129 pode nos ajudar a encontrar respostas para essas perguntas. Em nosso último artigo vimos o que eles fazem quando nos atacam, agora veremos como o inimigo trabalhará contra nós.

            B – O Modus Operandi – O segundo aspecto do ataque que aprendemos neste salmo é o seu Modus Operandi. Este são os métodos que os nossos inimigos usam para nos atacarem. O salmista descreve os instrumentos que nossos inimigos usarão para calar nossas bocas e nossas vidas.

                        I – Opressão – No versículo 2 temos isso, “[2] desde a minha mocidade, me angustiaram, todavia, não prevaleceram contra mim.” A primeira maneira de nos opor é a opressão. Isso é uma ação política. Você é a minoria entre uma maioria que não gosta de você; ou você é uma maioria vivendo em um lugar onde a minoria governa contra você.

                        II – Drenar Nossa Energia – No versículo 3, o salmista diz o seguinte: “[3] Sobre o meu dorso lavraram os aradores; nele abriram longos sulcos.” Isto descreve a segunda maneira de nos atacar. É arar nossas costas; drenar nossa energia; nos fazer sangrar até que não tenhamos mais força para continuar em nossa fé e luta. Essa ideia é nos atrasar em nosso esforço.

                        III – Amarrar – Cordas – No versículo 4 temos isso, “[4] Mas o SENHOR é justo; cortou as cordas dos ímpios.” Finalmente, eles usarão cordas para nos amarrar e imobilizar nossos esforços para continuar praticando nossa fé. Esta é uma tentativa de nos deter, totalmente.

            C – A Resistência – A próxima lição que esse salmo nos ajuda a aprender é sobre a resistência no meio da luta.

O salmista não está reclamando, contra seus inimigos, ele está fazendo uma declaração de fé; ele está se colocando em pé e resistindo. Ele está declarando que vai se levantar e não vai se curvar com esses ataques.

Há duas áreas onde ele vai se levantar.

                        I – Interna (Por dentro) – No verso 2 lemos, "[2] ... todavia, não prevaleceram contra mim. Nossa primeira atitude é não ceder. Essa atitude é a interna: “Eles podem fazer o que quiserem, mas eu vou me levantar e resistir.” Isto é o que o salmista está dizendo. "Eu não vou entregar os pontos facilmente."

                        II – Externa (De Fora) – No versículo 4 temos isso, "[4] SENHOR é justo; cortou". A resistência não é apenas interna, mas também externa. O salmista não está contando apenas com sua própria força; ele está, acima de tudo, contando com a ajuda do Senhor. O Senhor é quem nos livrará de nossos inimigos. Ele é o único que é justo e vai nos libertar dessas cordas.

Meu amigo, agora sabe como os inimigos vão atacá-lo e as armas que usarão. Você também sabe resistir. Deus irá fortalecê-lo e também irá defendê-lo e protegê-lo. Não tenha medo. Aguente firme.

Deus te abençoe,

Pastor Lucas