terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Pessoas insignificantes mudando o mundo

Alguns dias atrás eu vi uma entrevista de um pastor que estava tentando explicar para o repórter porque ele precisava de um jato particular. A principal razão que ele deu foi que, para ele fazer seu ministério, o jato era indispensável. Hoje em dia nós temos sido bombardeados com a ideia de que se queremos fazer diferença, é preciso ser rico e importante. Igrejas e pastores estão enfatizando esta assim chamada “teologia da prosperidade”. Eles acreditam que, se não tivermos dinheiro, nós não faremos diferença em nosso mundo.
Acho que uma das razões que Deus escolheu essa família para Seu Filho nascer era para provar que essa ideia é errada. José era um simples carpinteiro de uma pequena aldeia num país pequeno no canto do mundo dominado pelo Império Romano. Maria era uma mulher muito jovem daquela mesma aldeia. Jesus nasceu naquela família. Eles não tinham os meios para uma vida de luxo. Em outras palavras, eles eram pobres.
Isso nos é mostrado quando eles apresentam Jesus no templo. Aqui está o texto: “Terminados os dias da purificação, segundo a lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém, para apresentá-lo ao Senhor (conforme está escrito na lei do Senhor: Todo primogênito será consagrado ao Senhor), e para oferecerem um sacrifício segundo o disposto na lei do Senhor: um par de rolas, ou dois pombinhos”. Lucas 2:22-24” no Antigo Testamento aprendemos que esta oferta era para aqueles que não podiam pagar um cordeiro (Levítico 12:8).
Jesus mais tarde em seu ministério diria isso: “Respondeu-lhe Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos; mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça.” Mateus 8:20.” Quando Ele chamou seus discípulos, Ele não colocou nenhuma ênfase na posição social. Eles eram pessoas insignificantes. Quando Pedro e João estavam na presença do Sinédrio, isto é como Lucas descreveu a reação dos líderes com respeito a eles: “Então eles, vendo a intrepidez de Pedro e João, e tendo percebido que eram homens iletrados e indoutos, se admiravam; e reconheciam que haviam estado com Jesus. Atos 4:13.” Para os líderes, os apóstolos pareciam pessoas analfabetas, ignorantes e muito comuns.
Foram aquelas pessoas simples, inexperientes e ignorantes que mudaram o mundo. Quando Paulo escreveu para a Igreja de Corinto, ele deixa isso claro: “Ora, vede, irmãos, a vossa vocação, que não são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos os poderosos. nem muitos os nobres que são chamados. Pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para confundir os sábios; e Deus escolheu as coisas fracas do mundo para confundir as fortes; e Deus escolheu as coisas ignóbeis do mundo, e as desprezadas, e as que não são, para reduzir a nada as que são; para que nenhum mortal se glorie na presença de Deus. 1Coríntios 1:26-29.”
O Natal nos ajuda a entender e crer que Deus usa quem Ele quer para fazer o Seu trabalho, e na maioria das vezes Ele vai usar os insignificantes. Você não fica contente de fazer parte desse grupo? Deus quer fazer mudanças neste mundo e Ele quer usar você, mesmo que você pense que não vai conseguir fazer o que Ele está pedindo ou que você não é o melhor para o trabalho.
Meu irmão e irmã, nesta época agradeça a Deus por Sua graça e poder e deixa Ele te usar para fazer mudanças em nosso mundo.
Tenha uma semana abençoada e um Feliz Ano Novo!
Pastor Lucas

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

O público-alvo para o maior espetáculo da terra

Há poucos dias vimos na TV americana uma apresentação de um dos melhores artistas do país, e claro muitas pessoas importantes estavam presentes, incluindo o nosso Presidente e sua família. É normal e faz parte do negócio. Se você terá o melhor, você deve convidar as pessoas mais importantes para assistir. As pessoas raramente apresentam grandes produções para um pequeno grupo de pessoas, muito menos sem importância.
Essa atitude é totalmente descartada quando se trata do nascimento de Jesus e o anúncio aos pastores. No capítulo 2 do Evangelho de Lucas, encontramos o melhor show que um ser humano poderia assistir. Lucas o descreve com estas palavras: “Então, de repente, apareceu junto ao anjo grande multidão da milícia celestial, louvando a Deus e dizendo: Lucas 2:13.” A palavra companhia quer dizer muitos, uma multidão e também um “exército”.
Esses pastores já tinham tido um tremendo encontro com um anjo que anunciou o nascimento de Jesus. Agora este anjo é acompanhado por uma multidão da milícia celestial que cantavam e glorificavam a Deus. Que evento! Eu acredito que os produtores de shows dariam qualquer coisa para ver aquela produção. A luz, os anjos, as vestimentas, as vozes, o som, etc.
O desafio com este evento todo não é a produção e o fato em si. O problema é o público - um pequeno grupo de pastores no meio de um lugar deserto. Durante esse tempo e ao redor dessa área, havia pessoas mais importantes que poderiam ser convidadas. Só para citar algumas: Rei Herodes - o grande, o sumo sacerdote, os membros do Sinédrio - o corpo governante de Israel. Outros sacerdotes poderiam ser incluídos, bem como políticos e governadores. Mas eles não foram.
Deus reservou esse show para alguns pastores pobres e iletrados. Não era mesmo um grande grupo, talvez 15 ou 10, quem sabe ainda menor. Foi a esse grupo que Deus enviou seu coral para cantar e anunciar o nascimento de Seu Filho.
Isso é um padrão que se tornará um lugar-comum no Ministério de Jesus. Se você se lembra, muitas vezes Jesus enfatizou a razão da sua vinda. No início de seu ministério ele foi muito claro: “Foi-lhe entregue o livro do profeta Isaías; e abrindo-o, achou o lugar em que estava escrito: O Espírito do Senhor está sobre mim, porquanto me ungiu para anunciar boas novas aos pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos, e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e para proclamar o ano aceitável do Senhor." Lucas 4:17-19.” Em outra passagem, ele disse: “Respondeu-lhes ele: Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel. Mateus 15:24.” E quando os discípulos de João Batista perguntaram se ele era o Messias, ele respondeu: “Respondeu-lhes Jesus: Ide contar a João as coisas que ouvis e vedes: os cegos veem, e os coxos andam; os leprosos são purificados, e os surdos ouvem; os mortos são ressuscitados, e aos pobres é anunciado o evangelho. Mateus 11:4-5.”
Isso deixa claro que Deus trata os pobres, os doentes, os perdidos, a minoria com uma deferência especial. A história dos pastores ilustra o quanto Deus ama aqueles a quem ninguém dá importância. Devido ao seu estado humilde Ele os trata de forma muito especial.
Meu irmão e irmã, Deus, o criador do universo, te ama, cuida de você e enviou Jesus, Seu único filho por você. Nesta época, seja como os pastores: Aproveite o que Deus fez e o que Ele está fazendo por você agora. Seja grato, adore e proclame.
Tenha um Feliz e abençoado Natal,
Pastor Lucas

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Decreto de um rei pagão cumpre a vontade de Deus

Se fosse uma reunião de família, ou uma reunião importante em Belém, José levaria sua esposa grávida prestes a dar a luz, até lá? Eu penso que não. A única razão para que eles fossem para Belém naquela época do ano foi o Decreto do Imperador. Jesus tinha que nascer lá, e a única forma daquele casal simples fazer aquela viagem longa e perigosa era um decreto de um imperador pagão, que não sabia nada do plano de Deus.
A Bíblia é clara quando diz que o nosso Deus controla não só a nossa religião ou as pessoas que acreditam nEle, mas Ele controla tudo e todos. Os teólogos chamam isso de providência. Alguém definiu providência desta forma: “Providencia é o meio pelo qual Deus dirige todas as coisas — as animadas e inanimadas, visível e invisível, o bem e o mal — para um objetivo digno, o que significa que Sua vontade finalmente prevalecerá.”
No Antigo Testamento, aprendemos isso de uma forma muito clara. Deus não só criou todo o universo e deu nome para as estrelas: “Ele conta o número das estrelas, chamando-as a todas pelos seus nomes. Salmo 147:4.” Nós também aprendemos que não só as estrelas foram criadas e são controladas por Deus, mas também, pessoas mais explicitamente reis: “Como corrente de águas é o coração do rei na mão do Senhor; ele o inclina para onde quer. Provérbios 21:1.” Deus controla seus reinos e suas vidas. Isto é o que Daniel nos diz: “Ele muda os tempos e as estações; ele remove os reis e estabelece os reis; é ele quem dá a sabedoria aos sábios e o entendimento aos entendidos. Daniel 2:21.”
Deus vai a detalhes específicos nomeando reis poderosos como Seus servos e ungidos. Este é o caso de Nabucodonosor, a quem Deus chamou Seu servo através de Jeremias: “eis que eu enviarei, e tomarei a todas as famílias do Norte, diz o Senhor, como também a Nabucodonozor, rei de Babilônia, meu servo, Jeremias 25:9.” Também encontramos essa mesma atitude com Ciro: “Assim diz o Senhor ao seu ungido, a Ciro, a quem tomo pela mão direita, para abater nações diante de sua face, e descingir os lombos dos reis; para abrir diante dele as portas, e as portas não se fecharão; Isaías 45:1” e “que digo de Ciro: Ele é meu pastor, e cumprira tudo o que me apraz; de modo que ele também diga de Jerusalém: Ela será edificada, e o fundamento do templo será lançado." Isaías 44:28.” Em um texto Ciro é chamado de ungido de Deus e no outro ele é chamado de pastor de Deus. Em todos estes versos, aprendemos que a vida, decisões, e comportamentos daqueles reis poderosos eram controlados pela vontade de Deus.
Isto é o que vemos no nascimento de nosso Senhor Jesus, que através de um decreto de César, Ele acabou nascendo em Belém. Através da estrela, Ele tinha comunicado com os Magos em uma terra distante quase um ano antes. Esses exemplos devem convencer-nos que Deus está no controle. Isto é o que o apóstolo Paul escreveu à igreja em Roma: “E sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Romanos 8:28.”
Nossas vidas estão nas mãos do Deus que não só criou o mundo, mas sustenta e controla tudo e todos que estão nele. É este Deus que te criou, que protege você, e se importa com você. Ele fará com que Seu propósito se cumpra em sua vida.
Tenha uma semana abençoada,

Pastor Lucas

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Natal - um evento pequeno com proporções cósmicas

Outro menino judeu nasce numa pequena cidade de um país que foi dominado pelo vasto e poderoso Império Romano. Esta é a descrição do Natal. A família não era importante, a cidade não era importante, pelo menos no mundo daquela época, e o país estava sob o domínio dos romanos.
Naquela época reinava Octaviano conhecido no Novo Testamento como César Augusto. Ele governou de 27 A.C. a 14 D.C. Ele era o imperador na época do nascimento de Jesus. O Império Romano veio a existir como uma unidade homogênea e estável sob controle imperial como se fosse planejado, aproximadamente no início da era do Novo Testamento. Ele controlava grande parte do mundo conhecido daquela época e tinha um exército poderoso e bem treinado.
Quando colocamos o nascimento de Jesus no Império Romano, o evento parece pequeno e insignificante. Além disso, nós podemos ainda adicionar o lugar onde Ele nasceu - uma manjedoura. A situação era tão caótica que eles não tinham sequer um lugar decente para ficar. Uma pequena cidade no mapa, uma família insignificante, sob o poderoso domínio dos romanos.
É neste cenário que Deus planejou o nascimento de Seu Filho neste mundo. Tudo parecia tão pequeno, mas o evento teve uma proporção cósmica. O universo iria mudar com o nascimento do menino. Os reinos espirituais iriam ser realinhados, tanto quanto os reinos naturais. Ele traria a redenção e transformação. Um novo Reino mais poderoso do que o império romano seria estabelecido, um Reino que não teria fim.
Quando olhamos para a manjedoura, para aquela cidade, para aquele país, aquela família, é difícil acreditar nas mudanças que ocorreram através daquele homem. A pergunta que vem à mente é “porquê?” Por que Deus decidiu vir a este mundo naquela cidade, através daquela família? Parece-me que Deus sempre faz isso. Ele escolhe pequenos eventos para anunciar grandes mudanças.
Esta é a ênfase que encontramos ao longo das Escrituras; o menor, o mais insignificante, o desprezado. Eles são os que Deus usa para fazer a diferença em nosso mundo. Isto é o que Deus disse ao profeta Miquéias sobre o evento: “Mas tu, Belém Efrata, posto que pequena para estar entre os milhares de Judá, de ti é que me sairá aquele que há de reinar em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade. Miquéias 5:2.” 
Para Deus, não importa o quão pequeno é o lugar, quão insignificante e impotente é a pessoa. Quando Ele decide fazer algo grande, Ele o fará, e na maioria das vezes, Ele escolherá pequenas coisas para realizar grandes coisas. Isto é o que Paulo escreveu aos Coríntios: “Pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para confundir os sábios; e Deus escolheu as coisas fracas do mundo para confundir as fortes; e Deus escolheu as coisas ignóbeis do mundo, e as desprezadas, e as que não são, para reduzir a nada as que são; para que nenhum mortal se glorie na presença de Deus. 1Coríntios 1:27-29.”
Meu irmão e minha irmã, o Natal nos ensina que Deus pode usar até você e eu para fazer grandes coisas neste mundo. Através de nós, Ele pode mudar o destino eterno das pessoas ao nosso redor e longe de nós. Só precisamos estar disponíveis para Ele nos usar.
Tenha uma semana abençoada,
Pastor Lucas

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Aprendendo a ser o remanescente - 10 - sempre, mas sempre mesmo, confia em Deus

Ser o remanescente não é fácil. Já vimos isso. É uma situação muito difícil quando você está do lado que é menor, mais fraco e impotente. É também a experiência que, com poucas exceções, quase todo mundo passa, pelo menos em alguma área de suas vidas. Talvez na família, na escola, trabalho, esportes ou na religião. Talvez nós não experimentamos ser remanescente de uma maneira total, mas tivemos o gosto desta sensação. A parte interessante e, ao mesmo tempo frustrante de ser um remanescente é o sentimento comum, mas errado, que Deus não existe, que Ele nos abandonou, que estamos por nossa conta, e não podemos ganhar.
É importante, e eu diria, é crucial, que quando nós nos encontramos na situação de remanescentes devemos sempre confiar em Deus. Nossa fé deve ser colocada na pessoa de Deus - um Deus tremendo, poderoso, misericordioso e gracioso; mas Ele também é um Deus que está presente com a gente o tempo todo. Às vezes pensamos que somos o remanescente, porque Deus nos deixou. Isto não é correto. Deus está presente, mesmo quando não merecemos Sua presença. Ele está lá. Deus nunca perde o controle da história. Através da Sua providência, Ele controla tudo, e não acontece nada além de sua vontade e aprovação. É por isso que quando nós nos encontramos em situações que não parecem favoráveis para nós, devemos sempre confiar nEle. Porque Ele sabe o que está fazendo.
Isto é o que aconteceu com Eliseu e seu servo quando o rei de Aram fez guerra contra Israel. Você pode encontrar esta história em 2 Reis 6. Eliseu, sendo um profeta, dizia ao rei de Israel onde os arameus estariam, causando-lhes uma derrota após a outra. Os arameus decidiram matar o profeta, assim sendo trouxeram seus exércitos e cercaram a cidade do profeta. Quando o servo do profeta se levantou de manhã cedo ele viu todos os soldados e cavalos e entrou em pânico. Ele correu e relatou ao profeta. Agora essa é a beleza da história e uma lição importante para todos nós que se sentem pequenos, indefesos e fracos. O profeta respondeu: “Respondeu ele: Não temas; porque os que estão conosco são mais do que os que estão com eles. E Eliseu orou, e disse: Senhor, peço-te que lhe abras os olhos, para que veja. E o Senhor abriu os olhos do moço, e ele viu; e eis que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo em redor de Eliseu. 2 Reis 6:16-17.” 
O problema é que às vezes nós não podemos ver a mão poderosa de Deus por trás da cena. Esta é a mesma coisa que aconteceu com José. Seus irmãos tentaram matá-lo. Eles o venderam como escravo, e ele passou uma temporada longa e difícil em sua vida. Mas o Senhor virou tudo e o colocou no controle da nação mais poderosa do mundo daquela época. Isto é o que José disse a seus irmãos: “Deus enviou-me adiante de vós, para conservar-vos descendência na terra, e para guardar-vos em vida por um grande livramento. Genesis 45:7.” José muitas vezes sofreu injustamente, foi perseguido, preso e quase morreu, mas Deus estava trabalhando não só para ele, mas para sua família e seu povo.
Meu irmão e minha irmã, ser o remanescente não é fácil, e às vezes parece que a vitória ou a solução não está à vista. Mas não se esqueça, Deus está no controle. Confie nEle, sempre confie nEle!
Tenha uma semana abençoada,
Pastor Lucas